24.4.08

Carta Aberta

Quinta, 24/04/2008 - 03:31

Carta Aberta

O custo/orçamento

Caros colegas e noivas,
depois de acompanhar este forum com a distância necessária e verificando este tópico não queria deixar passar esta oportunidade de com o meu relato e a minha expriência poder ajudar, tanto os meus colegas como as noivas que procuram alguém profissional para fotografar.

Em primeiro lugar e antes de mais, queria deixar bem claro que este meu relato não tem qualquer interesse comercial da minha parte uma vez que já estou fora deste mundo que é os casamentos, a fotografia de casamento, assim irei ser isento a tudo o que aqui escrever.

Depois de deixar claro este ponto e em seguimento do que está a ser escrito nos tópicos, e querendo agarrar o ponto sobre o custo/preços e orçamentos ,queria deixar aqui algumas linhas sobre esta mesma questão.
Não existe forma de fazer um trabalho bom e barato, e quando falo em "trabalho" não me refiro apenas ao acto de fotografar o dia, pois um bom trabalho terá de começar muito antes do dia do evento e prolonga-se para depois do evento, e este é um primeiro ponto.

Muitos noivos analisam o custo do fotógrafo apenas pelo número de fotografias entregues ou pelo número de páginas e formato do álbum digital, nada de mais errado, pois o custo que vos é solicitado a vós, noivas, tem de ser encarado como um custo global de alguém que se irá entregar durante um processo que se poderá dizer longo, ou se preferirem mais longo do que poderá ser analisado à primeira vista, o acto de fotografar.

Além disso terá também de ser levado em conta todo o custo de formação do fotógrafo, todo o custo de material e equipamento usado pelo fotógrafo e sua equipa, ou seja, todo o investimento por ele feito para que possa estar a fotografar desta ou daquela forma, com estas ou aquelas condições, além de todas as obrigações fiscais.

Quando recebem um orçamento de uma empresa ou de um fotógrafo devem ter em conta que o valor solicitado passa por,

- Disponibilidade do fotógrafo e sua equipa
- Criatividade
- Todo o dia de reportagem
- Tratamento de imagens- Layout do álbum
- Custos de impressão
- Custo de materiais/equipamento
- Custos de formação permanente- Obrigações fiscais
entre outros.

Quando o valor solicitado é baixo, os noivos devem se perguntar qual a razão, devo dizer que para manter uma empresa e apresentar níveis mínimos de qualidade o valor de uma reportagem completa nunca deve ser inferior a 1500/2000 euros (todo o processo), isto na minha humilde opinião e tem o valor que tem.

É natural que quem cobra estes valores possa apresentar uma boa reportagem e um bom serviço, e existam muitas/algumas reclamações de profissionais que cobram valores muito abaixo.

(existem muitas reclamações minhas, normalmente sobre prazos de entrega que está de uma forma directa relacionada com esta mesma questão, valores, e devo dizer que cobrava na altura cerca de 1000 eur, o que se veio revelar insuficiente para manter um serviço de qualidade)

Porque razão existem muitas poucas queixas de quem cobra valores justos, já pensaram? já pensaram que esses valores que são cobrados e por vezes considerados como elevados, não o são, e apenas servem para apresentar um serviço de excelência aos noivos, que esse mesmos valores servem para que nada falhe, para que exista uma equipa de profissionais altamente qualificados a trabalhar para um trabalho de excelência.
E que alguém que cobre pela metade ou ainda menos, embora possa ser um bom criativo, um bom fotógrafo depois não tem todo o apoio, todo o back office necessário.Vale a pena pensarem nisto...
Quero sublinhar e realçar que não estou a dizer nem o quero dizer que quem tem um custo baixo/inferior tem um mau trabalho, a nivel criativo, não é isso, pois o lado criativo de quem fotografa deverá ser alheio e é certamente aos valores solicitados, no entanto e como já referi o serviço não pode ser apenas considerado o simples acto de fotografar, a não ser que os noivos no final da reportagem levem um cd com todas as tomadas de vista obtidas pelo fotógrafo e o mesmo não tenha qualquer intrevenção seguinte no processo.

Devo confessar que esse foi um dos meus erros, de quando fazia reportagem social (casamento), pensar que bastaria apenas ter boas imagens, que tendo boas imagens que sendo um bom fotógrafo teria um bom serviço.... atenção... ERRADO... é um principio mas insuficiente, pode-se ter boas tomadas de vista, grande imagens e não se ter um bom serviço.(erros de pricipiante)

Um outro meu erro foi o de não fazer contas, e não eram feitas porque tinha e tenho um grande/enorme gosto em fotografar e nem queria pensar em contas, queria era fotografar, como eu dizia, sou fotógrafo e não contabilista, o que com o tempo se veio a revelar um erro grosseiro.
Criando enormes dívidas com fornecedores, e como consequência atrasando imensos trabalhos durante períodos inaceitáveis do ponto de vista de serviço entre cliente e empresa.
E sei que se passa o mesmo com muitos outros colegas, continuam numa luta cega pela sobrevivencia e não se fazem contas, o que é um erro fatal, e foi um dos meus erros.

Devemos parar e fazer contas de forma a criar riqueza para que se possa garantir um trabalho de exelencia aos nossos clientes.

É com alguma preplexidade que vejo orçamentos de 400/500 euros, pela minha expriência devo confessar o seguinte, é impossivel manter uma empresa que viva ou sobreviva da reportagem social com estes valores.

A exemplo pessoal, e devo dizer que faço muitos poucos trabalhos em casamento, pois estou e continuo na fotografia mas em uma área completamente diferente, mas no meu caso como dizia, quando sou convidado a fotografar nunca poderei cobrar um valor inferior a 2300/2500 Eur, e estes valores que podem parecer elevados, não o são, bastará fazer contas, e apenas com estes valores poderei e se poderá garantir que nada falhe.

Para terminar, e em discurso directo às noivas, não vejam o serviço de imagem/fotografia do vosso casamento como secundário, relembrem-se que tudo o resto passa, tudo o resto da memória se apagará, e que só existe algo que irá recordar esse mesmo dia, e reavivar as memórias, são as fotografias, as imagens do vosso casamento.

Valorizem as fotografias, valorizem os profissionais que dão um pouco deles para eternizar o vosso dia.

Aos colegas, bons trabalhos, pensem sempre em um trabalho de excelência, sempre o vosso melhor..

Hélio Paulo Félix
Hélio Félixwww.heliopaulofelix.pt
http://www.flickr.com/photos/heliopaulofelix

31.1.08

Ser empreendedor



"Um empreendedor não se faz, mas FAZ-SE"



É óbvio que não há receitas milagrosas, caso contrário já a maioria dos cidadãos seria empreendedor, porque a generalidade dos jovens adoraria sê-lo. E nem todos podem sê-lo por várias razões, sendo que genericamente tenho dito que é preciso PODER SÊ-LO e de seguida assumir QUERER SÊ-LO.



O PODER SÊ-LO tem muito a ver com condições naturais genéticas, quer do ponto de robustez física, herança intelectual e uma propensão para educação permanente e uma atitude filosófica de gostar da surpresa, curiosidade intelectual, propensão para questionar, “engendrar”. É ainda preciso ter fé, atitude desportiva para entender que perder num dia significa continuar a tentar para conseguir sucesso mais adiante.



QUERER SER empreendedor significa fazer opções essenciais no domínio do balanço entre actividades profissionais, desportivas, familiares para evitar ser uma pessoa estranha, isolada na vida. Não pode ser um eremita estranho nos comportamentos, isolado num convento ou laboratório. A diversidade de vivências é um elemento essencial para que de repente, “caia do céu” uma solução ou quase solução. Às vezes é quase um só sinal (a maçã a cair da árvore) para que muitos sacrifícios e estudos anteriores, de repente, façam sentido para encontrar uma lei (teoria da gravidade, ou lei da correlação da massa e energia).


O empreendedor nunca é derrotado para sempre e espera sempre pelo tal “click” que, de repente, junta várias ideias próprias, ou de outros, e é capaz de transformar tais ideias num produto, ou processo, ou novo serviço.


É então que começa uma outra fase normalmente solicitando outros saberes nas áreas organizativas, design, marketing, etc... Só então é que poderá dar-se a passagem do inovador para o empreendedor, e, posteriormente, atingir o objectivo fundamental, de, com risco, se assumir como empresário por conta própria.


Para terminar e comentando o título que me foi dado, direi que um empreendedor não se faz, mas FAZ-SE.


Este meu contributo tem mais a ver com aquilo a que chamo pequenas e médias inovações incrementais, e menos com as chamadas inovações disruptivas em que o uso de estatísticas, poderosos laboratórios, pacientes repetições de ensaios, em ambientes universitários e laboratórios de universidades ou grandes empresas são quase condições indispensáveis.


Sonhar, saber esquecer, gostar de aprender, ter paciência para repetir, ousar, arriscar, partilhar é o caminho para ter sucesso numa vivência equilibrada do uso do tempo e da vida.


Vencedor do Prémio “Ernst & Young Entrepreneur Of The Year 2006”(Chairman Sonae S.G.P.S. e CEO Sonae Capital)

14.11.07

Galeria

Aqui deixo ficar o link do Flickr, site este onde irei colocando as imagens mais recentes, as imagens relativas aos últimos trabalhos desenvolvidos


Galeria no Flickr


Hélio Paulo Félix

9.11.07

Primeiras imagens / Moda Lisboa por Hélio Paulo Félix

Aqui deixo ficar uma breve passagem pelo trabalho que neste momento estou a editar, de quando finalizado disponibibilizarei o mesmo aqui, por enquanto fica apenas um pequeno momento dessa mesma edição.

30.10.07

Leitura / sugestão Hélio Paulo Félix

Aproveito para deixar uma sugestão de leitura, os livros que me têm acompanhado e fazem parte da minha estante de livros sobre fotografia, mais precisamente sobre ensaios, pensamentos e reflexões sobre fotografia.

As meus dois últimos livros lidos,

- "A Câmara Clara" um livro de Roland Barthes

- "Reflexões sobre fotografia - Eu, a fotografia, os outros" um livro de Gérard Castello-Lopes.

(não são livros técnicos, mas sim reflexões sobre fotografia)

Recomendo vivamente a quem tem o gosto tal como eu pela fotografia.

.................................

Aproveito também para deixar ficar um pequeno texto pelo qual passei e não quero deixar de o partilhar, um texto de Mônica Coteriano.

"O meu campo de visão é a minha janela para o mundo.

O que vejo naturalmente se filtra por um processador de desejos, de vontades, de revolta, de saber, de opinião... Confundindo, baralhando e assumindo novas perspectivas, novas formas de ver por essa janela, que ainda que se feche um dia, deixará transparecer novos filmes.

E assim vou calmamente seguindo por estradas de prazer a fora, por encruzilhadas de revolta, por jazigos de amor.

Deixo-me levar pela música que não pára de soar e que me embala neste furor gritante de desejo de conhecer esse mundo construído da experiência de uma vida de ambulante por países que não estão inscritos no mapa. "

"texto de Mônica Coteriano"

Hélio Paulo Félix

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26.10.07

Moda Lisboa e Portugal Fashion / Hélio Paulo Féliix

Estou neste momento a editar e a preparar algumas das tomadas de vista realizadas na semana da moda em Portugal, mais concretamente em Cascais, Moda Lisboa, e também no renovado espaço em Gaia, Portugal Fashion.



Será uma seleção de imagens a que irão pertencer ao meu renovado portfólio bem como a serem inseridas no projecto que está neste momento a ser desenvolvido.


Aproveito também para deixar o link onde irei criar uma galeria de imagens, imagens essas recolhidas do meu portfólio, portfólio esse criado ao longo de 7 anos

Em breve.



Hélio Paulo Félix

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9.10.07

Moda Lisboa "Move" por Hélio Paulo Félix / Lisboa Fashion Week


Moda Lisboa /Lisbon FashionWeek
Hélio Paulo Félix


Por mais um ano irei participar nesta próxima edição da semana da moda portuguesa, Moda Lisboa ou conhecida internacionalmente por Lisbon Fashion Week, desta feita será realizada na bonita cidade de Cascais, mais propriamente na Cidadela de Cascais, edição esta onde serão apresentadas as propostas dos criadores nacionais para o próximo verão.

Esta minha participação deve-se a um projecto futuro de publicação de um livro sobre a moda em Portugal e sobre os criadores/estilistas nacionais.

Tentando realizar um portfólio não tão incidente na passerelle mas mais em toda a envolvência e todo o ambiente que se gera em um evento de moda internacional, tentando captar a movimentação, as ansiedades as angustias, as modas fora da passerelle, mais de quem participa e assiste a um evento de moda internacional como é o “Lisbon Fashion Week”

Sendo este um projecto que venho a realizar à cerca de 4 anos e que será para ir crescendo de ano para ano.

Estando agendada também a minha participação em semanas de moda internacionais.
Hélio Paulo Félix

QUINTA, 11 DE OUTUBRO
19h00 - Luís Buchinho20h00 - aforest-design
21h00 - Katty Xiomara
22h00 - Filipe Faísca

SEXTA, 12 DE OUTUBRO
18h30 - L’Oréal Professionnel
by Lúcia Piloto
19h30 - Dino Alves
20h30 - Isabela Capeto
GUEST DESIGNER
21h30 - Alexandra Moura
22h30 - Miguel Vieira

SÁBADO, 13 DE OUTUBRO
12h00 - José António Tenente
15h30 - Ana Salazar
16h30 - Pedro Mourão
17h30 - White Tent
18h30 - Aleksandar Protich
19h30 - Lidija Kolovrat
21h00 - Lion of Porches
22h00 - Maria Gambina

DOMINGO, 14 DE OUTUBRO
15h00 - Lara Torres
16h00 - Ricardo Dourado
17h00 - Nuno Gama
18h00 - Anabela Baldaque
19h00 - Ricardo Preto
20h00 - ADD.UP - Osvaldo Martins
21h00 - Nuno Baltazar